Talvez tenha havido um tempo, principalmente enquanto eu
estava grávida, ou seja, antes do meu mini-mim
nascer, que eu me sentia mais disposta para escrever...
Acontece que depois que o pequeno nasce e que você fica
imersa nessa “onda” de ser mãe, tentando sempre responder às expectativas da
melhor maneira possível, você acaba meio que se perdendo entre tantos
pensamentos e vontade de fazer o certo.
Por fora, nós que somos mães, pretendemos demonstrar uma
segurança incrível, quanto a tudo que fazemos e todas as atitudes que tomamos com
os nossos filhos. Por dentro, como deve acontecer com qualquer ser humano, estamos
sempre nos perguntando se estamos certas ou erradas, se fizemos a escolha correta,
se nossos filhos estão ou não no melhor caminho.
Às vezes perco o sono pensando: Será que estou preparando
meu filho da forma correta para que ele não tenha que sofrer tanto nesse mundo
cão?
Tenho medo... é sério! Voltei para a faculdade e ultimamente
tenho me deparado com cada armadilha da vida-adolescente-do-mundo-atual que
JURO, me assusto. Algumas pessoas podem até achar que estou exagerando, mas
tenho visto (e agora esquece a parte da faculdade) no mundo, tanta gente intolerante,
tanta gente sem valores morais, gente que não respeita o outro ser humano, que fico
perplexa.
Será que estou criando um filho capaz de suportar toda a carga
que vai ter que carregar durante a vida? Será que estou fazendo da melhor forma
para que ele seja um homem de bem? Ai quantas dúvidas tão cruéis me assombram.
Juro que se eu pudesse, colocaria meu mini-mim dentro de uma bolha para protegê-lo de todas as
atrocidades que presencio diariamente... Ao mesmo tempo me pergunto: de quem
será a culpa de uma sociedade tão calamitosa?
Então acredito que, neste momento, devo parar de me
perguntar se estou protegendo meu projeto
de gente como deveria e pensar se estou projetando um homem de bem para o
mundo.
Já li por aí que “devemos parar de querer apenas deixar um
mundo melhor para nossos filhos e pensar em deixar filhos melhores para o nosso
mundo”. Me preocupo diariamente com isso... a eloquência dessa frase me
arrepia.
Quero que meu filho esteja preparado para enfrentar esse
mundo cão, mas, quero que o mundo seja melhor, quero que meu filho possa ser
parte de um futuro, sei que preciso construir o futuro, não só por ele, mas
para ele. E por último, mas não menos importante, acho que devo prepará-lo não
só para o mundo, mas para lutar por um mundo melhor.